Itacir Amauri Flores
Artigo: Itacir Amauri Flores
Há décadas a categoria de Detetive Profissional no Brasil busca sua regulamentação, para ser reconhecida como profissão pelo Estado Democrático de Direito.
Com dificuldades estruturais, alguns líderes não conseguiam ver seus intentos conquistados e o poder estatal em deixa-la livre a mercê das necessidades da sociedade.
Cursos livres com embasamento legal proliferam Brasil a fora fornecendo em poucas horas um diploma e uma carteira funcional, além de outorgarem o direito ao trabalho como Detetive Profissional. São milhares jogados à sociedade sem controle, sem conhecimento e principalmente sem o olho estatal que deve regrar as profissões em especial as que transitam nas áreas da saúde, educação e segurança.
Como a investigação privada paira na área da segurança pelo seu véu investigativo previsto no CBO – Código Brasileiro de Ocupações deve sim o Estado brasileiro dar condições urgentemente para que a categoria possa trabalhar sem ser molestada por autoridades que ainda não a reconhecem ou trazem do passado o desprezo pela profissão de Detetive Particular. Diariamente temos casos de policiais que abordam os profissionais de investigação privada como se marginais fossem, como se fossem a rapa social e lhes jogam ao limbo da sociedade com ameaças de que não são nada no contexto profissional brasileiro. Sua identificação nada vale, a não ser para motivo de gozação e desprezo pelos agentes fiscalizadores do estado que deveria amparar os Detetives Profissionais.
Em 2010 foi formada a Comissão Pró Regulamentação da profissão de detetive particular para sugerir, estruturar e acompanhar a sua legalização.
De 2011 a 2014 tramitou o PL – Projeto de Lei 1211/11, de autoria do deputado federal Ronaldo Nogueira PTB/RS, na Câmara Federal, sendo aprovado em caráter terminativo e encaminhado ao Senado Federal, onde foi distribuído para a CAS – Comissão de Assuntos Sociais, sob a presidência do senador Edison Lobão PMDB/MA, que indicou a relatoria ao senador Humberto Costa PT/PE.
A Comissão caminhou incansavelmente junto ao Congresso Nacional partilhando com deputados e autoridades do Ministério da Justiça, Ministério da Educação e Ministério do Trabalho mostrando a importância do sonhado pleito da categoria que busca fazer parte do rol de profissões do Brasil e ser fiscalizada pelo estado brasileiro.
Em 2015, por diversas vezes, estivemos pautando o assunto no Senado Federal, onde distribuímos aos 81 senadores documentos que afirmam nossa real intenção e que instigam a aprovação imediata do PLC 106/14 – Projeto de Lei da Câmara.
O relator do PLC 106/14, senador Humberto Costa, em reunião com a Comissão, reafirmou seu apoio total ao projeto, inclusive já tendo pedido em caráter de urgência sua votação pelo plenário do Senado Federal, após a leitura do pedido protocolado na Mesa Diretora do Senado.
Ainda na semana que passou tomamos conhecimento do relatório feito por técnicos que ajustaram o PLC 106/14, para ser posto em votação na CAS.
Lembro-me das palavras do senador Humberto Costa em nossa primeira reunião sobre o assunto. Disse ele: “O Estado entende que as profissões devem ser livres, mas o Estado entende também que algumas profissões devem ter o seu controle fiscalizatório e no caso do detetive Particular o Estado deve pautar sua ingerência estatal para que não tenhamos profissionais que criem problemas para a sociedade. Desta forma apoiarei o intento dos Detetives Particulares do Brasil e farei de tudo para que o PLC 106/14 seja votado ainda no ano de 2015”.
Hoje estamos a um passo da votação. Esta semana pode ser votado pelo plenário do Senado Federal, se não for será ainda neste ano.
Os Detetives Particulares serão libertos para o aperfeiçoamento e desenvolvimento profissional com a batuta do estado, e que com isso lhes dará a credibilidade na sociedade e o respeito das autoridades que ainda não entenderam que a profissão existe e que faz parte do contexto social brasileiro.
Avante Detetives Profissionais. Melhores dias estão por vir!
“QUE DEUS ABENÇOE OS DETETIVES DO BRASIL”
Parabéns pela incessante luta, pode contar comigo, que já sou militante em prol da regulamentação a vários anos.
ResponderExcluirParabéns Presidente pela incessante LUTA, pois pode contar comigo que sou militante em prol da regulamentação a muitos anos.
ResponderExcluirO movimento pró normatização da atividade liderado pelo companheiro Itacir Amauri Flores, apoiado por militantes do ofício dos quatro cantos do Brasil, foi responsável pela construção da proposta de restringência ao livre exercício da profissional e, desde 2011, vem trabalhando no Congresso Nacional para que esse anseio de mais de 40 anos da categoria seja atendido, ou seja, a regulamentação da profissão de Detetive Particular. Todos os colegas unidos na Comissão estão de parabéns, porém, a batalha ainda não terminou e precisamos seguir unidos nessa articulação de lideranças regionais para finalmente tenhamos nossa atividade regulada por lei federal no Brasil. Seguindo o exemplo do ilustre Detetive Milton Silveira, registro aqui o meu apoio a CNPR.
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