terça-feira, 25 de agosto de 2015

Apoio a Regulamentação da profissão de Detetive Profissional no Brasil. Por Flavio A.F. Barros


Flavio A.F. Barros

À COMISSÃO PRÓ-REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO DE DETETIVE PARTICULAR.

Apoio a Regulamentação. Por Flavio A.F. Barros


Venho pelo presente parabenizar tal iniciativa em se regulamentar uma profissão tão necessária e às vezes mal recebida pela população e por grande parte das autoridades policiais.

Digo isso, pois atualmente sou Investigador de Polícia em São Paulo, mas antes de ingressar em tal carreira há 19 anos, já atuava como Detetive Particular, o que naturalmente me levou a minha atual carreira. Contudo, percebi nesses anos com o Detetive Particular é discriminado e não raro marginalizado. A meu ver isso se deve a inexistência da regulamentação sem a qual a proliferação de detetives mal preparados e mal intencionados aumente. Tais profissionais pela fala de preparo acabam por invadir o campo restrito à atividade investigativa policial e não raro acabam incorrendo no delito de usurpação de função pública. Sempre discordei da maneira como algumas ditas escolas afirmam que para ser Detetive “basta o gosto pela profissão e saber ler e escrever”. Talvez num passado não tão distante tal afirmativa fosse verdadeira, mas na atual realidade a especialização, proficiência e a necessidade de certificação e aprimoramento constante são requisitos mínimos para qualquer profissão, quanto mais para uma que envereda pelo campo do saber científico e jurídico.

Outra situação que denigre a imagem do profissional Detetive é a exposição que alguns meios de comunicação fazem da carreira, conduzindo quase sempre as matérias para um lado cômico, caricato ou sensacionalista. E mais triste é ver como alguns Detetives, seduzidos pelos holofotes se deixam levar por esse caminho, postura que os senhores em um recente programa de entrevistas não tiveram. Ao contrário permaneceram numa postura profissional defendendo a regulamentação e apresentando a carreira de maneira esclarecedora.

Assim, vejo no PLC 106/2014 uma forma de sanar tais problemas, com a criação de um conselho de classe que promova a fiscalização e a criação de curso com carga horária e grade curricular mínima, nos moldes dos cursos técnicos existentes o que enaltece a dignifica o Detetive Particular.

Vejo assim uma grande possibilidade de voltar a atuar na área.

Meus parabéns e continuem firmes nesse propósito.

Cordialmente,

Flavio A.F. Barros